segunda-feira, 26 de julho de 2010

O resto

Tenho vontade de chorar.Chorar os meus amores perdidos.Chorar minha solidão.Chorar a vida,até perder os sentidos.Solidão incorrigível correndo-me nas veias.Solidão dolorida esta minha.Solidão delirante,dolorosa,diabólica,vã.Assassina.Leviana.Crua e brutal esta solidão sem caminhos.Catastrtófica e incendiária,ultrapassa as barreiras mais insanas e bestiais,que Deus me perdoe.Vejo-me viva porque sinto me só.É a solidão que me mantém viva.Esta solidão transformada em veneno.
Se é verdade que as pessoas tem o direito de escolher seus próprios venenos,admito:o meu é letal.Estarei morta pela falta do veneno.Estou morrendo pela presença dele.Vontade de retomar a minha vida exatamente do ponto em que pisei no freio dizendo CHEGA!Não quero mais ser dirigida por estradas que não são as minhas.Tenho ânsia de viver por mim.
Preciso encontrar os meus próprios atalhos,porque estou absolutamente perdida em um turbilhão de indecisões povoando todo o meu ser.E é em você que eu penso quando voo mais alto..Não quero parecer normal,não quero entrar no esquema,parece até que estou com medo do meu passado.Se eu fosse vento sopraria de mim estes pensamentos debatidos entre a falta,a culpa,o amor e o esquecimento.Não consigo entender o que se passa comigo.
Conheço bem os meus pensamentos,embora,às vezes,não consiga controlá-los.Os transitórios,os mutantes pensamentos que conheço bem,estes eu guardo.Rebelam-se,mudam a cada momento,possuindo a estranha magia da surpresa,mas eu os tenho aprisionados.E ao mesmo tempo são livres para ir e vir.Nem sei porque escrevo essas besteiras.
Agora,deixo a vida continuar.Posso voltar,deitar-me em seus peito e chorar até adormecer.Novamente fundir-me a ele e outra vez,deixar-me diluir.Nunca mais me faça sofrer,criança mimada.Ele possui o dom da proteção.Retomo a minha vida,do ponto onde a deixei,sossegando o coração.Penso na luta que não mais travaria.Nos sonhos esquecidos pela estrada.Tenho medo de decepção.Mas adoro ter o que não é meu.
Não vou esquecer você.

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